Flexibilização das metas gera preocupações sobre compromissos ambientais
A União Europeia estabeleceu uma meta de redução de 90% nas emissões até 2040, mas com várias flexibilizações que diminuem sua eficácia, em acordo fechado antes da COP30 no Brasil.
Na madrugada de 3 de outubro de 2023, em meio a intensas negociações, os ministros da União Europeia (UE) finalizaram um acordo sobre as metas climáticas para 2040, com a cúpula COP30 se aproximando no Brasil. O compromisso inclui uma redução de 90% nas emissões até 2040, mas introduz flexibilizações que podem comprometer a eficácia dessa meta.
Flexibilizações nas metas
A nova meta permitirá que os países adquiram créditos de carbono internacionais para compensar até 5% da redução de emissões, o que efetivamente reduziria a meta exigida para 85%. Além disso, os países concordaram em considerar a possibilidade de usar créditos de carbono para cumprir mais 5% das reduções de emissões, potencialmente enfraquecendo ainda mais a meta doméstica.
Meta para 2035
Os ministros também estabeleceram uma meta para 2035, que prevê a redução das emissões em uma faixa entre 66,25% e 72,5%. Esse ajuste acontece em resposta às solicitações da ONU, que pediu que os governos apresentem seus planos climáticos antes da abertura da COP30.
Considerações finais
A flexibilização das metas levanta questões sobre os compromissos ambientais da UE, especialmente em um momento em que a pressão por ações climáticas mais rigorosas é crescente. O sucesso do acordo dependerá da implementação efetiva das metas estabelecidas e da disposição dos países em seguir adiante com suas promessas de redução de emissões.
Fonte: www.moneytimes.com.br