Rearmamento europeu prevê 40% de compras conjuntas em defesa até 2027
A União Europeia planeja uma nova estratégia de defesa com foco em drones até 2030.
A União Europeia está elaborando um plano ambicioso de defesa que inclui o lançamento de projetos conjuntos de drones e defesa aérea nos próximos meses, com o objetivo de rearmar o continente até 2030. Segundo um documento obtido pela Bloomberg News, espera-se que a UE realize 40% de suas compras de defesa de forma conjunta até o final de 2027, mais que o dobro da taxa atual.
Contexto da proposta
O texto destaca que “estados autoritários estão cada vez mais interferindo em nossas sociedades e economias”, e que a Rússia representa uma ameaça persistente à segurança europeia. Para contrabalançar isso, o plano exige coordenação entre os países da UE em suas aquisições militares e a criação de coalizões rápidas para novos programas.
Detalhes do plano
O planejamento inclui sistemas de defesa aérea, antimísseis e drones, com coalizões formadas até o início de 2026. Apesar do aumento do orçamento coletivo da defesa da UE, que quase dobrou desde 2021, os gastos ainda são limitados e descoordenados. O plano visa fechar essas lacunas e acelerar os investimentos.
Financiamento e iniciativas
Para financiar o rearmamento, a UE já aprovou um fundo de €150 bilhões. Os novos projetos incluem a “Defesa Europeia de Drones” e “Vigilância da Flanco Oriental”, que devem ser lançados em 2026. O conceito de “muralha de drones” foi reformulado para abranger todo o continente, com o objetivo de ter um sistema funcional até 2027.
Desafios e perspectivas
Tradicionalmente, a UE tem um papel menor em defesa, com a OTAN dominando. O novo plano questiona esse equilíbrio, mas grandes países como a Alemanha insistem que as decisões finais devem permanecer com os governos nacionais. O sistema de defesa aérea e antimísseis deve estar operacional em 2026.