Saídas de Pedro Lupion e Felipe Francischini marcam a federação
Na última semana, União e PP perderam dois deputados do Paraná em meio a divergências internas na federação.
Em 28 de outubro de 2025, a federação União-PP está enfrentando uma crise com a saída de dois deputados federais do Paraná. O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), Pedro Lupion, anunciou que está trocando o PP pelo Republicanos, enquanto o deputado Felipe Francischini deixa o União Brasil para se filiar ao Podemos.
Motivos das saídas
Oficializada há dois meses, a federação chamada de União Progressista enfrenta tensões internas, especialmente em relação aos comandos estaduais. A mudança de Lupion será formalizada em uma cerimônia marcada para 29 de outubro, que contará com a presença do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. Em sua nova sigla, Lupion assumirá a presidência do Republicanos no Paraná, afirmando que a mudança ocorre “em comum acordo com as lideranças nacionais do Progressistas”.
Perspectivas para Francischini
Francischini, em busca de maior influência política, também terá um papel de destaque no Podemos, onde pretende liderar a sigla paranaense. “Estamos fortalecendo o Podemos no Paraná, com foco em ampliar alianças e preparar uma estrutura sólida para as próximas eleições”, declarou o deputado.
Contexto da janela partidária
Devido à regra eleitoral que permite a troca de partidos durante a janela partidária, a mãe de Francischini, Luciane Bonatto, será a presidente formal do Podemos no estado, enquanto ele ficará responsável pelos acordos políticos. Sua filiação será oficializada apenas em março, durante a janela partidária. A expectativa é que outros parlamentares também se movimentem para trocar de partido nesse período, com até 20 deputados do União Brasil podendo sair devido a descontentamentos internos.
Implicações políticas
A situação é ainda mais complexa com o senador Sergio Moro (União Brasil) se destacando nas pesquisas para o governo do Paraná, o que tem gerado resistência entre alguns deputados. A movimentação em torno de Moro, que lidera as intenções de voto, é vista como uma ameaça, e há planos de outras legendas para inviabilizar sua candidatura. Enquanto isso, o governador do estado, Ratinho Júnior (PSD), busca viabilizar um nome para suceder seu governo, com Alexandre Curi, Guto Silva e Rafael Greca sendo cotados como possíveis sucessores.