Resultados de pesquisa da Universidade Keio indicam um aquecimento cósmico significativo
Pesquisadores confirmam que a temperatura do universo há sete bilhões de anos era quase o dobro da atual.
Uma equipe da Universidade Keio, no Japão, confirmou que o universo era mais quente no passado. No dia 4 de outubro de 2023, os pesquisadores, liderados pelo doutorando Tatsuya Kotani e pelo professor Tomoharu Oka, publicaram um estudo revelando que a temperatura da radiação cósmica de fundo era de aproximadamente 5,13 K, quase o dobro da temperatura atual.
Números e indicadores do caso
- A temperatura foi medida há cerca de sete bilhões de anos;
- O valor obtido é cerca de 5,13 K (aproximadamente -268℃);
- Utilização de dados do observatório Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA) no Chile.
Importância da pesquisa
O estudo é um marco na medição da temperatura do universo, pois preenche lacunas em medições anteriores, conectando dados do passado primordial à realidade atual. A pesquisa se baseou na luz de um quasar que viajou por sete bilhões de anos e interagiu com a radiação cósmica de fundo, permitindo a leitura de assinaturas que funcionam como termômetros naturais.
Implicações para a cosmologia
Esses resultados são fundamentais para fortalecer a confiança nas teorias do Big Bang e na expansão do universo. A nova medição se alinha de maneira notável com as previsões centrais do modelo cosmológico padrão, que sugere que a temperatura da radiação cósmica diminui com a expansão do espaço. Essa validação empírica é crucial para ancorar a cosmologia em observações práticas, reduzindo margens de incerteza e ajudando a calibrar modelos que descrevem a formação de estruturas cósmicas.
Essa pesquisa não apenas confirma que o universo era mais quente no passado, mas também serve como um “teste de realidade” que sustenta décadas de previsões teóricas.


