Pressão bolsonarista influencia movimentação na Câmara
Hugo Motta anuncia urgência na votação da anistia aos condenados do 8 de janeiro sob pressão de bolsonaristas.
O presidente da Câmara, Hugo Motta, pautou a urgência do projeto de anistia aos condenados do 8 de janeiro, com votação prevista para quarta-feira (17). Essa decisão é uma resposta à pressão de bolsonaristas, entre eles Tarcísio de Freitas e Ciro Nogueira, e levanta polêmicas sobre a moralidade e a constitucionalidade da proposta.
Pressão bolsonarista e articulação do governo
Motta comunicou a líderes partidários que a votação da urgência poderá ocorrer após a análise da PEC da Blindagem, que limita processos contra parlamentares. No entanto, o presidente da Câmara afirma não apoiar uma anistia “ampla, geral e irrestrita”, posição que contrasta com a defesa de aliados de Jair Bolsonaro. O governo Lula já se manifestou contra a proposta, com a ministra Gleisi Hoffmann destacando que trabalharão para barrar a urgência.
Contraofensiva do governo
Em resposta à movimentação, o Planalto articula estratégias para impedir o avanço da proposta. Isso inclui pressão sobre as bancadas, a possibilidade de ministros reassumirem cadeiras na Câmara e a revisão de cargos federais de parlamentares que apoiem a anistia. Há também discussões sobre a criação de um texto alternativo que reduza penas sem conceder perdão total.
Expectativas para a votação
Nos bastidores, a expectativa é que a votação da PEC da Blindagem possa aliviar as insatisfações de deputados, evitando que recaiam sobre o projeto de anistia. A situação segue em constante evolução, com repercussões significativas para o cenário político brasileiro.