A urtiga, planta rica em vitaminas e minerais essenciais, emerge como uma alternativa natural para promover a saúde e o bem-estar. Suas folhas, repletas de vitaminas A, C, K e do complexo B, além de minerais como ferro, cálcio, magnésio e potássio, podem ser utilizadas no preparo de um chá com múltiplos benefícios. Incorporar essa bebida à rotina diária pode ser uma estratégia inteligente para cuidar do corpo de forma natural.

De acordo com a nutricionista esportiva e funcional Thaís Barca, da Clínica CliNutri, a urtiga se destaca por suas propriedades antioxidantes e compostos bioativos. “Ela tem ação anti-inflamatória, ajudando principalmente em dores articulares, artrite e reumatismo”, afirma a especialista, ressaltando o potencial da planta no alívio de desconfortos crônicos.

Além de seu efeito anti-inflamatório, o chá de urtiga também pode favorecer a saúde urinária, sendo tradicionalmente utilizado para aliviar desconfortos leves. Há ainda indícios de que a bebida contribui para o fortalecimento do sistema imunológico, auxiliando o organismo a se defender contra agentes externos.

A nutricionista Paula Alves, que atende em Belo Horizonte, complementa que a urtiga atua de forma integrada no organismo. Ela destaca o papel diurético da planta, que aumenta o fluxo urinário e auxilia na eliminação de toxinas. “É como uma lavagem natural no sistema renal e urinário”, explica Alves.

Para preparar o chá de urtiga corretamente e preservar seus compostos ativos, Thaís Barca recomenda utilizar apenas as folhas secas. “O ideal é ferver 250 ml de água, desligar o fogo e só então acrescentar uma colher de sopa da folha seca. A infusão deve durar de 5 a 10 minutos, tampada, para manter os nutrientes”, orienta.

É importante ressaltar que, apesar dos benefícios, o consumo do chá de urtiga possui algumas contraindicações. Thaís explica que a bebida não é indicada para pessoas com problemas renais graves, a menos que haja orientação médica, e deve ser evitada por quem usa anticoagulantes, gestantes e pessoas com trato gastrointestinal sensível. Paula Alves também alerta para a possível interação da urtiga com medicamentos para hipertensão, diabetes e anticoagulação, reforçando a importância de orientação profissional antes de incluir o chá na rotina.