Navio representa poder militar dos EUA e é o mais avançado da história naval
USS Gerald R. Ford é o maior porta-aviões da história, enviado pelos EUA à costa da Venezuela para operações de combate ao narcotráfico.
USS Gerald R. Ford e sua missão no Caribe
O USS Gerald R. Ford (CVN-78), maior e mais avançado porta-aviões já construído pelos Estados Unidos, foi enviado ao Mar do Caribe com o objetivo de reforçar as operações de combate ao narcotráfico. Com 337 metros de comprimento e 100 mil toneladas de deslocamento, este porta-aviões representa uma plataforma de guerra sem precedentes, sendo considerado um símbolo do poder militar americano.
Características do porta-aviões
Equipado com dois reatores nucleares A1B, o Gerald R. Ford pode operar por longos períodos sem reabastecimento, alcançando uma velocidade superior a 30 nós (cerca de 56 km/h). Sua tripulação é composta por até 5.000 pessoas, incluindo marinheiros e pilotos. O convés foi projetado para receber até 90 aeronaves, entre elas:
- Caças F/A-18 Super Hornet
- Caças furtivos F-35C Lightning II
- Aviões E-2D Advanced Hawkeye
- Helicópteros MH-60R/S Sea Hawk
Implicações geopolíticas
Desde sua entrada em serviço em 2017, o Gerald R. Ford tem sido um símbolo da estratégia de projeção global dos EUA. O Pentágono declarou que a missão atual visa “degradar e desmantelar cartéis de drogas latino-americanos”, mas especialistas sugerem que a presença do porta-aviões também representa uma mensagem militar para o governo de Nicolás Maduro. O professor Vitelio Brustolin afirmou que a movimentação do porta-aviões amplia a capacidade de realizar ataques de longo alcance, afetando as defesas aéreas da Venezuela.
Contexto da crise na Venezuela
A crise de drogas nos EUA é amplamente atribuída ao fentanil produzido no México, não na Venezuela, levantando questões sobre as verdadeiras motivações da operação militar. A Venezuela possui as maiores reservas de petróleo do mundo, o que a torna um ponto estratégico no equilíbrio energético global. Durante a Cúpula da ASEAN em 26 de setembro, Lula e Trump discutiram a crise venezuelana, ressaltando o papel do Brasil como mediador na América do Sul.