Diagnosticada com câncer de pulmão em novembro de 2024, após anos de uso excessivo de cigarros eletrônicos, uma jovem de 27 anos precisou passar por cirurgia e implementar mudanças significativas em seu estilo de vida para se recuperar. A paciente foi submetida à remoção de metade do pulmão e de linfonodos comprometidos. Exames indicaram que o procedimento foi suficiente para a retirada do tumor, dispensando a necessidade de quimioterapia. No entanto, a paciente foi alertada sobre a necessidade de cuidados contínuos com o órgão.
Entre fevereiro e junho deste ano, a jovem realizou fisioterapia pulmonar para fortalecer a musculatura do órgão e passou a fazer exames a cada três meses para monitorar sua saúde. Além disso, incorporou atividades físicas regulares em sua rotina, incluindo academia, corrida e aulas de natação, com o objetivo de expandir a capacidade pulmonar.
O uso prolongado de cigarros eletrônicos tem sido associado a uma série de problemas de saúde, incluindo doenças pulmonares crônicas como bronquite, enfisema e fibrose pulmonar. Também foram observados problemas cardiovasculares, como aumento da pressão arterial e frequência cardíaca, risco elevado de infarto e AVC, e danos nos vasos sanguíneos. Efeitos neurológicos, como dependência à nicotina, ansiedade e irritabilidade, também são comuns. A exposição a substâncias presentes nos vapes pode aumentar o risco de desenvolvimento de câncer, além da possibilidade de desenvolver a EVALI, uma lesão pulmonar causada por substâncias contidas no cigarro eletrônico, que pode deixar sequelas permanentes.
A cirurgia para remover parte do pulmão ou todo o órgão é frequentemente o procedimento mais indicado para tratar um câncer inicial e com potencial de cura. Nesses casos, a remoção de linfonodos próximos pode ser necessária para prevenir a metástase. Em alguns casos, dependendo do tipo e da extensão da doença, radioterapia, quimioterapia ou imunoterapia podem ser combinadas ao tratamento cirúrgico. A reabilitação do câncer de pulmão é um processo longo e multifacetado, envolvendo fisioterapia respiratória e muscular. A fisioterapia respiratória visa recuperar os volumes e capacidades pulmonares de trocas gasosas, enquanto a reabilitação muscular busca restaurar a força da parede torácica, frequentemente comprometida após cirurgias e outros tratamentos.