Análise das ações de varejo em meio a um cenário econômico desafiador

Goldman e Morgan mostram quais varejistas estão em bom ponto de entrada em meio a desafios econômicos.

Varejistas em bom ponto de entrada

Divididas entre um mercado de trabalho aquecido e uma taxa básica de juros elevada, as varejistas vêm apresentando tendências mistas em 2025. O Morgan Stanley prevê que as vendas do varejo brasileiro continuarão de forma moderada, sem grandes catalisadores para acelerar a atividade nos próximos meses.

Desempenho do Varejo

As vendas do varejo, até agosto, cresceram 2,1% em termos reais, abaixo dos 3,8% em 2024. O Morgan também observa que a inflação subjacente tem surpreendido para baixo, o que pode levar a uma redução nas projeções de inflação para 2025 e 2026. Apesar disso, o Banco Central mantém um tom conservador, e o ciclo de cortes de juros deve começar apenas no fim do primeiro trimestre de 2026.

Oportunidades de Investimento

Goldman Sachs, por sua vez, vê um ponto de entrada atraente nas ações da Lojas Renner (LREN3) e C&A (CEAB3), ambas com forte potencial de crescimento no quarto trimestre. O banco projeta um crescimento de 8,1% para Renner e 12,9% para C&A em vendas mesmas lojas, impulsionado por um clima mais favorável.

Recomendações de Ações

O Morgan reforçou sua convicção positiva nas ações da Azzas 2154 (AZZA3), Lojas Renner e Vivara (VIVA3), enquanto mantém recomendações de venda para Magazine Luiza (MGLU3) e Casas Bahia (BHIA3). O relatório também menciona a Natura (NATU3) de forma positiva, mas com cautela devido à volatilidade operacional.

Perspectivas Futuras

Apesar das quedas recentes nas ações da Lojas Renner e C&A, o Goldman acredita que a recuperação das vendas no quarto trimestre pode impulsionar o sentimento do mercado e a valorização das ações. A análise histórica indica que o setor tende a reagir positivamente a sinais de aceleração sequencial nas vendas, especialmente no final do ano, quando a maioria das vendas ocorre.