Vendas de elétricos podem cair com políticas de Trump

CEO da Ford alerta sobre impacto nas vendas de veículos elétricos

CEO da Ford, Jim Farley, adverte que vendas de carros elétricos podem cair para 5% devido a mudanças nas políticas de Donald Trump.

Na terça-feira (3), em Detroit, o CEO da Ford, Jim Farley, alertou que as vendas de carros elétricos nos Estados Unidos podem despencar para 5% do mercado, devido a novas políticas do presidente Donald Trump que favorecem carros a gasolina. O fim de um desconto de US$ 7.500 para compradores de veículos elétricos e a flexibilização das regras de emissão de poluentes devem reduzir drasticamente a procura por esses automóveis.

Mudanças no mercado automobilístico

Farley destacou que a fatia dos veículos de emissão zero, que atualmente representa cerca de 10% do mercado, pode cair pela metade. Ele afirmou que “o mercado de elétricos será muito menor do que pensávamos”. A mudança nas políticas tem levado muitas montadoras a adiar seus planos de produção de veículos elétricos e redirecionar investimentos para modelos a combustão interna e híbridos.

Desempenho financeiro da Ford

A divisão de elétricos da Ford, Model-e, registrou perdas de cerca de US$ 1,3 bilhão no segundo trimestre de 2023, com projeções de perdas acumuladas de até US$ 5,5 bilhões nesse segmento até 2025. As vendas de elétricos da montadora diminuíram 31% no trimestre, impactadas pela suspensão temporária do Mustang Mach-E devido a um recall de segurança e pelo envelhecimento dos modelos atuais.

Futuro dos híbridos

Em meio a essas dificuldades, Farley também expressou otimismo em relação à “eletrificação parcial”, como os híbridos. Ele mencionou que a Ford está buscando aumentar a produção de veículos híbridos em suas fábricas de baterias e elétricos, afirmando que a demanda por esses modelos é uma solução viável para ocupar a capacidade das fábricas que seriam destinadas a veículos totalmente elétricos. “Precisamos tomar decisões sobre essas fábricas nos próximos meses e anos, diante dessa mudança”, concluiu Farley.

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