Vendas no varejo do Brasil apresentam maior alta em sete meses

Crescimento nas vendas desafia previsões do mercado em meio a juros altos

Vendas no varejo do Brasil superam expectativas e registram maior alta em sete meses.

Vendas no varejo Brasil: impulso inesperado em outubro

Em um cenário de alta taxa de juros e um ambiente de crédito restritivo, o setor de varejo do Brasil surpreendeu ao registrar um aumento de 0,5% nas vendas em outubro em comparação ao mês anterior. Este resultado, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), contradiz as expectativas do mercado, que projetavam uma queda de 0,1%. Este foi o maior crescimento mensal observado desde março, quando o varejo registrou um aumento de 0,7%.

O crescimento apresentado em outubro é um sinal encorajador, especialmente considerando que o ano de 2023 tem sido caracterizado por resultados próximos a zero, devido às medidas restritivas impostas pela política monetária. Segundo Cristano Santos, gerente da pesquisa do IBGE, “a alta foi espalhada, pois o volume de vendas cresceu em sete dos oito setores investigados pela pesquisa”. Essa comparação com os dados do ano passado, que mostraram crescimento de 1,1% em relação ao mesmo mês de 2022, indicam um possível movimento de recuperação no setor.

Desafios enfrentados pelo setor de varejo

A pressão das altas taxas de juros, que permanecem em 15% ao ano, continua a ser um fator limitante para o crédito e o consumo. O Banco Central, na véspera da divulgação dos resultados, manteve a taxa Selic inalterada, sem indicar quando poderia iniciar cortes. De acordo com André Valério, economista sênior do Inter, “o resultado parece mais uma recomposição de perdas dos últimos meses do que uma mudança de tendência”. Nos últimos sete meses, o varejo contraiu em cinco, destacando-se como um dos setores mais impactados pela política monetária rigorosa.

Setores com desempenho positivo

Dentre os segmentos que apresentaram crescimento nas vendas em outubro, destacam-se:

  • Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação: +3,2%
  • Combustíveis e lubrificantes: +1,4%
  • Móveis e eletrodomésticos: +1,0%
  • Livros, jornais, revistas e papelaria: +0,6%
  • Outros artigos de uso pessoal e doméstico: +0,4%
  • Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria: +0,3%
  • Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo: +0,1%

O único setor a registrar queda foi Tecidos, vestuário e calçados, com uma diminuição de 0,3%, refletindo a baixa nas vendas de moda e acessórios, conforme observado por Santos.

Comércio varejista ampliado

Além dos resultados do varejo tradicional, o comércio varejista ampliado, que inclui veículos e material de construção, também teve um desempenho positivo, com alta de 1,1% em relação a setembro. As vendas de veículos e motos aumentaram 3,0%, enquanto o material de construção teve uma expansão de 0,6% em outubro.

Esses dados indicam que, apesar das dificuldades enfrentadas, o setor de varejo mostra sinais de resiliência, estimulando a esperança de uma recuperação sustentada nos próximos meses.

Fonte: www.moneytimes.com.br

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