Venezuela denuncia provocação militar da CIA e Trinidad e Tobago

Leonardo Fernandez Viloria

A chancelaria venezuelana alerta sobre riscos de guerra no Caribe devido a exercícios militares.

Venezuela denuncia que a CIA e Trinidad e Tobago querem provocar guerra no Caribe com exercícios militares conjuntos.

A chancelaria da Venezuela denunciou neste domingo (26) uma “provocação militar” de Trinidad e Tobago em coordenação com a CIA (Agência de Inteligência dos Estados Unidos), para causar uma guerra no Caribe. O Ministério das Relações Exteriores venezuelano afirma ter capturado “um grupo mercenário com informações diretas da CIA, e pode determinar que está em curso um ataque de falsa bandeira”, para gerar “um enfrentamento militar completo” com a Venezuela.

Exercícios militares e tensão na região

A pasta de Nicolás Maduro informa que o ataque poderia ocorrer a partir de águas limítrofes com Trinidad e Tobago, do território do país ou da própria Venezuela. Na sexta-feira (24), os EUA anunciaram o envio do maior porta-aviões do mundo para a região, intensificando a pressão sobre o governo de Maduro.

Mobilização dos EUA no Caribe

Nesta semana, a chancelaria de Trinidad e Tobago anunciou a realização de exercícios conjuntos com os EUA, e o destróier da Marinha norte-americana USS Gravely atracaria no país. Este navio de guerra é capaz de transportar mísseis e realizar ataques. A Venezuela acusa a primeira-ministra de Trinidad e Tobago de converter seu território em um porta-aviões dos EUA, visando uma guerra contra a Venezuela e a Colômbia.

Impactos das ações militares

A militarização do Mar do Caribe tem gerado preocupação, especialmente após a destruição de 10 barcos pelos EUA desde setembro, resultando na morte de 43 pessoas. O presidente colombiano Gustavo Petro denunciou que um dos mortos era um pescador do país, sem vínculos com o tráfico de drogas.

A situação permanece tensa, com a Casa Branca argumentando que suas ações visam combater o tráfico de drogas, mas a Venezuela vê essas movimentações como uma ameaça direta à sua soberania.

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