Professora Angela se defende na Câmara Municipal e afirma que atuou dentro da legalidade
A vereadora Professora Angela foi ouvida pela Comissão Processante e negou irregularidades na distribuição de cartilha sobre drogas.
Na quinta-feira (16), a vereadora Professora Angela (PSOL) foi ouvida pela Comissão Processante da Câmara Municipal de Curitiba, onde negou irregularidades na distribuição de uma cartilha sobre Política de Redução de Danos. O depoimento, transmitido ao vivo, abordou a legitimidade da audiência pública que promoveu o material. Professora Angela reafirmou que atuou dentro da legalidade e que o conteúdo da cartilha seguiu políticas públicas reconhecidas.
Contexto da denúncia
A abertura do PED 1/2025-CP ocorreu após denúncias dos vereadores Da Costa (União) e Bruno Secco (PMB), que alegaram apologia ao uso de drogas na distribuição do material. O corregedor Sidnei Toaldo (PRD) concluiu que havia indícios de descumprimento do Código de Ética e Decoro Parlamentar. O caso não foi levado ao Conselho de Ética devido à sua gravidade, seguindo o rito do Decreto-Lei 201/1967.
Fase de produção de provas
Com o depoimento da Professora Angela, a fase de produção de provas do Processo Ético-Disciplinar (PED) é considerada encerrada. A vereadora agora tem até terça-feira (21) para apresentar suas alegações finais. O relator, Olimpio Araujo Junior, deverá então apresentar seu voto sobre o caso, que será votado pela Comissão Processante até o dia 5 de dezembro.
Defesa da vereadora
Durante seu depoimento, a vereadora defendeu que a Câmara é o espaço apropriado para discutir temas relacionados à saúde pública e políticas sobre drogas. “Não há nada de ilegal ou de quebra de decoro em trazer debates como esse para dentro desta Casa”, destacou. Ela enfatizou que a cartilha foi elaborada com base em materiais do Ministério da Saúde e experiências de outros países, com o objetivo de promover um debate educativo.
Repercussão e autocrítica
Angela também falou sobre as críticas recebidas, afirmando que a divulgação do material foi feita de forma transparente. Reconheceu que o conteúdo poderia ter sido revisado com mais cuidado, mas defendeu que isso não justifica punições severas. A vereadora finalizou afirmando que o episódio gerou desdobramentos positivos, como uma resolução conjunta de Conselhos Nacionais sobre a política de redução de danos.