Amanda Paschoal pede investigação sobre suspeito de feminicídio e irregularidades em contrato municipal
Vereadora Amanda Paschoal pede devolução de R$ 12 milhões relacionados a contrato de Wi-Fi com indícios de fraudes.
Vereadora Amanda Paschoal aciona o Ministério Público de São Paulo
A vereadora Amanda Paschoal (PSOL) entrou com uma representação na Promotoria de Justiça do Patrimônio Público contra Alex Leandro Bispo dos Santos, que recebeu R$ 12 milhões como subcontratado em um contrato da Prefeitura de São Paulo. Este contrato foi firmado com o Instituto Conhecer Brasil (ICB) para a instalação e manutenção de pontos de Wi-Fi gratuito em áreas carentes da cidade. O caso levanta sérias preocupações sobre a correta utilização dos recursos públicos.
Irregularidades no contrato de Wi-Fi
De acordo com a denúncia, o ICB recebeu um total de R$ 108 milhões para instalar 5.000 pontos de internet e garantir a manutenção por um ano. No entanto, um levantamento indicou que apenas 2.615 pontos foram efetivamente instalados até o fim de 2024. Apesar disso, a prefeitura já havia desembolsado R$ 39,2 milhões, muito além dos R$ 11,9 milhões inicialmente previstos. O vereador Nabil Bonduki (PT), que também se manifestou sobre o assunto, estimou que pelo menos R$ 46 milhões podem ter sido gastos em pontos de Wi-Fi que nunca existiram.
Prisão de Alex Bispo e questões legais
Alex Bispo, que tem 40 anos, foi preso recentemente sob suspeita de feminicídio, após a morte de sua companheira, Maria Katiane Gomes da Silva. O contrato que ele firmou com a prefeitura foi realizado por meio de sua empresa, a Favela Conectada (Urban Connect Serviços de Tecnologia Ltda.). Curiosamente, o contrato foi assinado apenas com seu primeiro nome e o CPF foi ocultado, levantando ainda mais dúvidas sobre a legalidade da contratação. O capital social da empresa antes da contratação era de apenas R$ 10 mil, o que torna as circunstâncias ainda mais suspeitas.
Ausência de capacidade técnica no ICB
Na representação, a vereadora Amanda Paschoal destaca que o ICB, que se apresenta como uma organização não governamental voltada para educação e eventos, não possui histórico ou atividade relacionada a telecomunicações ou infraestrutura de Wi-Fi. Isso levanta preocupações sobre a capacidade técnica da empresa para realizar o trabalho pelo qual foi contratada, aumentando o risco de irregularidades.
Solicitações de Amanda Paschoal
Amanda Paschoal afirma que a situação pode envolver crimes como fraude em licitação, peculato e improbidade administrativa. Ela solicita a suspensão imediata de quaisquer pagamentos à Urban Connect, sequestro de bens dos envolvidos até o valor de R$ 12 milhões e o ressarcimento total aos cofres públicos. Em sua declaração, a vereadora menciona que o município não apenas deixou de receber o que contratou, mas também enfrentou perdas financeiras significativas devido a essas irregularidades.
“O Município não apenas deixou de receber o que contratou, como suportou perdas financeiras significativas”, destacou a vereadora, pedindo uma intervenção urgente do Ministério Público para esclarecer os fatos e responsabilizar os envolvidos.
Fonte: baccinoticias.com.br



