Brasil Ramos Caiado foi ao local para atender o ex-presidente preso por tentativa de golpe de Estado.
Cardiologista de Bolsonaro, Brasil Ramos Caiado, vai à PF para atendimento ao ex-presidente após autorização judicial.
Visita do cardiologista Brasil Ramos Caiado à PF ocorre sob autorização judicial
O cardiologista de Bolsonaro, Brasil Ramos Caiado, esteve na Superintendência da Polícia Federal (PF) em Brasília, nesta quarta-feira, 3 de dezembro de 2025, para realizar um atendimento médico ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Essa autorização foi concedida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, na terça-feira, 2 de dezembro, em resposta a um pedido da defesa do ex-presidente, que está preso por tentativa de golpe de Estado.
Bolsonaro, cumprindo pena de 27 anos e 3 meses, possui uma série de necessidades médicas que justificam a presença de profissionais de saúde em sua cela. A visita de Caiado é parte de um pedido mais amplo, que também incluía a autorização para a presença de um fisioterapeuta, Kleber Antônio Caiado de Freitas, na prisão. Entretanto, a autorização para o fisioterapeuta foi negada no momento, exigindo uma indicação médica específica e aprovação do juízo responsável para que pudesse ser realizada.
Normas estabelecidas por Moraes para o atendimento médico
Durante a decisão, Moraes ressaltou que apenas médicos devidamente cadastrados poderão realizar visitas à cela de Bolsonaro sem aviso prévio, desde que respeitadas as regras estabelecidas pela Justiça e pela Polícia Federal. Isto implica que os atendimentos médicos que venham a ocorrer no local devem seguir as determinações legais vigentes, garantindo a segurança e o cumprimento das normas judiciais.
Os advogados de Jair Bolsonaro argumentaram que a presença do cardiologista e de outros especialistas é vital para assegurar a continuidade do acompanhamento clínico do ex-presidente. Eles enfatizaram a necessidade de manter o estado de saúde de Bolsonaro estável, uma preocupação crescente desde sua detenção.
Análise da situação do ex-presidente
Bolsonaro, que segue encarcerado, enfrenta um cenário complexo tanto jurídico quanto de saúde. A sua condenação, resultado de ações consideradas por muitos como uma ameaça à democracia, trouxe à tona questões sobre a cobertura médica que os detentos devem receber. Essa questão não apenas afeta o ex-presidente, mas levanta um debate maior sobre os direitos dos prisioneiros no Brasil, especialmente aqueles que ocupam posições elevadas na política.
Enquanto a autorização para o cardiologista chega, a expectativa agora se volta para a possível liberação do fisioterapeuta e a continuidade do atendimento médico necessário. Moraes, de acordo com as informações, revisará futuras solicitações a partir da evolução do estado de saúde do ex-presidente.
Com essas movimentações, a situação interna da prisão de Bolsonaro deve continuar sendo monitorada de perto pelos seus apoiadores e pela mídia, que busca entender como as decisões judiciais impactam a vida do ex-mandatário durante sua pena. O caso serve como um lembrete das complexidades do sistema penal brasileiro e das implicações que isso pode ter para figuras públicas em situações igualmente delicadas.


