Chanceler se reúne com deputados para discutir a situação

O Itamaraty visitará os brasileiros detidos por Israel nesta sexta-feira, após a interceptação da flotilha Global Sumud.

Nesta sexta-feira (3), o Ministério das Relações Exteriores do Brasil deverá visitar os brasileiros detidos por Israel, após a interceptação da flotilha Global Sumud, que levava ajuda humanitária para Gaza. O Itamaraty informou que 17 brasileiros faziam parte da delegação, e ao menos 12 foram detidos pela marinha israelense na quarta-feira (1º).

Detenção e consequências

O anúncio da visita consular ocorreu após uma reunião do chanceler Mauro Vieira com deputados federais. A deputada Erika Kokay (PT-DF) destacou que o encontro não pôde ocorrer na quinta (2) devido ao Yom Kippur, uma data importante do calendário judaico. A situação é considerada uma “arbitrária” detenção, e há preocupações sobre possíveis julgamentos ou deportações dos brasileiros.

Ativistas entre os detidos

Entre os detidos estão a deputada Luizianne Lins (PT-CE) e o ativista Thiago Ávila. Além disso, dois brasileiros permanecem desaparecidos: João Leonardo Cavalcanti Aguiar Costa e Miguel Bastos Viveiros de Castro. O Itamaraty condenou a ação da marinha israelense, reforçando o princípio da liberdade de navegação em águas internacionais.

Reações e implicações

A flotilha Global Sumud, que reúne civis de 57 países, buscava romper o bloqueio imposto por Israel a Gaza, visando abrir um corredor humanitário. Em relação ao incidente, organizadores afirmam que embarcações foram atingidas por canhões de água e uma teria sido abalroada intencionalmente. Israel, por sua vez, defende que os ativistas estavam provocando e não tinham a intenção de entregar ajuda.

Após a detenção, os brasileiros devem ser interrogados sobre uma possível deportação. Caso não aceitem, poderão enfrentar um julgamento.