Visita de Mark Carney a Trump: desafios e expectativas

Primeiro-ministro canadense se reunirá com o presidente dos EUA na próxima semana

Mark Carney se encontrará com Donald Trump para discutir tarifas e relações econômicas.

Na próxima terça-feira, 10 de outubro de 2025, o primeiro-ministro canadense Mark Carney se encontrará com o presidente dos EUA, Donald Trump, em Washington. A visita, descrita como um “encontro de trabalho”, abordará as prioridades compartilhadas em uma nova relação econômica e de segurança entre Canadá e EUA, enquanto Carney enfrenta pressão interna para conseguir alívio nas tarifas que afetam severamente a economia canadense.

Contexto econômico e tarifário

As tarifas impostas pelo governo Trump têm causado danos significativos à economia canadense, refletindo-se em um aumento do desemprego para 7,1% em agosto, o maior índice desde maio de 2016. Carney, que ganhou as eleições em abril prometendo uma mudança nas relações com os EUA, enfatizou em março que a antiga relação de integração econômica estava em transformação, após a imposição de tarifas de 25% sobre automóveis e peças.

Relações internacionais

Em resposta às tensões, Carney tem buscado fortalecer laços com outras nações ocidentais, incluindo o Reino Unido e a França, além de colaborar com a Austrália em sistemas de radar para o Ártico. Sua orientação é clara: a relação com os EUA não pode ser mais uma garantia e busca respeito nas discussões com Trump.

Propostas controversas

Recentemente, Trump ressuscitou a ideia de anexação do Canadá durante um discurso, sugerindo que o país poderia se tornar o “51º estado”. Essa proposta, embora inicialmente desacreditada por Carney, continua a ser uma questão delicada entre os dois líderes. O primeiro-ministro, em entrevista, afirmou que Trump admirava o Canadá, mas a possibilidade de anexação parecia ter diminuído temporariamente.

Próximos passos

À medida que a reunião se aproxima, as negociações comerciais entre Canadá, EUA e México também estão em pauta, com consultas iniciadas para renovar o acordo comercial que entrou em vigor em 2020 e deve expirar em 2026. O governo canadense acredita que a pressão interna nos EUA poderá criar oportunidades para um acordo favorável.

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