Bibo Nunes se manifesta sobre sua saída após apoiar emenda do PSol
Bibo Nunes é destituído após votar a favor da emenda do PSol para Glauber Braga.
Voto pró-Glauber leva a destituição de Bibo Nunes
O deputado Bibo Nunes, ex-vice-líder do PL, se manifestou nesta quinta-feira (11/12) após sua destituição em consequência do voto favorável à emenda do PSol que suspendia o colega Glauber Braga (PSol-RJ). O evento aconteceu na noite de quarta-feira, quando Nunes orientou o apoio à proposta que evitou a cassação de Braga, gerando uma reação imediata de seu líder, Sóstenes Cavalcante (RJ).
Nunes, que atua como bolsonarista, teve sua decisão mal recebida por parte de seus pares. Ao justificar sua posição, ele argumentou que a rejeição da emenda poderia resultar em uma votação maior, exigindo 257 votos para a cassação de Glauber, um quórum incerto naquele momento. Essa situação resultou em sua destituição durante a votação, em um ambiente de tensões políticas elevadas.
A polêmica em torno do voto
Em sua defesa, Bibo Nunes afirmou que os ataques recebidos não fazem sentido e pediu que seus críticos pensassem de forma mais lógica. “A votação ‘não’ até o fim levaria à absolvição. Isso é o mínimo da lógica”, disse ele, desafiando os que o chamaram de “traidor” a refletir sobre a situação. Sua resposta foi considerada controversa, e a frase “junta dois cerebelos” se destacou, evidenciando sua indignação.
A emenda que Bibo apoiou foi aprovada, evitando assim o fim do mandato de Glauber e garantindo que ele não perdesse direitos políticos pelos próximos oito anos. Essa votação é vista como uma grande vitória para o PSol e uma derrota para os líderes da Câmara, incluindo Hugo Motta (Republicanos-PB) e Arthur Lira (PP-AL).
As repercussões na Câmara
Glauber Braga tem sido um crítico ferrenho das articulações do Centrão e também dos presidentes da Câmara. Recentemente, ele foi chamado à atenção ao ocupar temporariamente a presidência na ausência de Hugo Motta. O clima tenso na Câmara se intensificou quando, na terça-feira (9/12), ele foi forçado a deixar o plenário, em um episódio que expôs a fragilidade de sua posição e provocou críticas à forma como a segurança foi conduzida.
As consequências para Bibo Nunes ainda são incertas. Sua destituição pode indicar uma mudança nas dinâmicas de poder dentro do PL e das bancadas da Câmara. A movimentação mostra um embate crescente entre os aliados do governo e a oposição, refletindo um cenário político volátil que continuará a ser observado pelos analistas.
O que vem a seguir?
A situação de Glauber e a resposta de Nunes provocam debates acalorados nas redes sociais e nas esferas políticas. O futuro do deputado e a reestruturação de líderes nas bancadas são temas a serem monitorados nas próximas semanas. As articulações entre partidos e a possibilidade de novas alianças são questões que podem mudar o cenário político em breve.
As reações dos diversos grupos dentro do PL e do PSol serão fundamentais para entender como essas tensões vão se desdobrar nos próximos dias.


