Revogação do visto afeta a presença do autor em eventos culturais
O visto do autor nigeriano Wole Soyinka foi revogado pelo governo Trump, impedindo sua participação em eventos nos EUA.
O autor nigeriano Wole Soyinka, que se destacou como o primeiro africano a conquistar o Prêmio Nobel de Literatura em 1986, teve seu visto revogado pela administração Trump nesta terça-feira (28) em Lagos. Essa revogação impede a participação do escritor em eventos literários e culturais nos Estados Unidos.
O impacto da revogação do visto
Soyinka recebeu uma notificação do consulado dos EUA, solicitando que comparecesse ao local com seu passaporte para a anulação do visto. Durante um evento em Lagos, ele mencionou a situação de forma bem-humorada, expressando sua falta de tempo para atender ao pedido. O autor, que possui uma carreira literária extensa e é conhecido por sua luta contra a censura, destacou a ironia da situação. “Estou muito contente com a revogação do meu visto”, afirmou Soyinka, indicando que essa decisão não afetará suas relações com os EUA.
Contexto político e histórico
A revogação do visto de Soyinka se insere em uma prática mais ampla da administração Trump, que tem adotado uma postura rigorosa em relação à imigração. Desde o início de seu segundo mandato, Trump tem promovido a anulação de vistos de indivíduos que, segundo seu governo, não se alinham às políticas do partido. Essa medida também se estende a outras figuras notáveis, como o ex-presidente da Costa Rica, Oscar Arias, cuja visa foi cancelada sob alegações de laços com a China.
Reações e possíveis desdobramentos
A decisão de revogar vistos a figuras públicas gera preocupação entre defensores dos direitos humanos, que veem isso como uma forma de silenciar vozes críticas. Ao longo dos anos, Soyinka tem sido um crítico aberto do governo Trump e suas políticas. Ele enfatizou a importância da liberdade de expressão, destacando que a revogação de vistos não impacta a segurança nacional, mas sim a liberdade individual de expressão. As ações do governo têm suscitado debates sobre a relação entre política externa e direitos humanos, especialmente em um país que se orgulha de proteger a liberdade de expressão sob a Primeira Emenda.