Xi Jinping defende órgão global para regular inteligência artificial

Proposta visa posicionar a China como alternativa aos EUA na cooperação comercial

No dia 1º de julho, em Gyeongju, Xi Jinping propôs um órgão global para administrar a inteligência artificial, acirrando a disputa com os EUA.

No dia 1º de julho de 2023, em Gyeongju, o presidente chinês, Xi Jinping, assumiu o centro do palco durante a reunião de líderes da Apec para promover uma proposta de um órgão global para administrar a inteligência artificial (IA), acirrando a disputa com os Estados Unidos na cooperação comercial. Os comentários de Xi foram os primeiros sobre uma iniciativa que Pequim revelou este ano, enquanto os EUA rejeitaram os esforços para regulamentar a IA em órgãos internacionais.

Xi afirmou que uma Organização Mundial de Cooperação em Inteligência Artificial poderia estabelecer regras de governança e impulsionar a cooperação, tornando a IA um “bem público para a comunidade internacional”. Ele enfatizou a importância da IA para o futuro e como deve ser desenvolvida em benefício de todos os países e regiões. As autoridades chinesas indicaram que a nova organização poderia ser sediada em Xangai.

Apec e as tensões EUA-China

A ausência do presidente dos EUA, Donald Trump, na cúpula gerou expectativas de que Xi utilizasse a reunião para promover a China como defensora de uma nova abordagem multilateral para o comércio e o desenvolvimento econômico. Durante as conversas, os líderes chegaram a um acordo para reverter parcialmente os controles comerciais e tecnológicos que aumentaram as tensões entre as duas maiores economias do mundo.

Embora os chips avançados da Nvidia, uma empresa americana, sejam essenciais para o crescimento da IA, a desenvolvedora chinesa DeepSeek lançou modelos de menor custo, em um esforço para promover o que chamam de “soberania algorítmica”.

Próximos passos e foco em tecnologias verdes

Na reunião, Xi também pediu à Apec que promova a “livre circulação” de tecnologias verdes, abrangendo setores como baterias e painéis solares, onde a China já possui uma posição dominante. Os membros da Apec aprovaram uma declaração conjunta sobre IA e o desafio do envelhecimento da população. A China será a anfitriã da cúpula da Apec de 2026 em Shenzhen, que se transformou de uma vila de pescadores em um importante centro de manufatura desde a década de 1980.

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