O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, acusou a Rússia de utilizar mercenários de diversas nacionalidades para reforçar suas tropas no conflito em curso. A denúncia, feita nesta segunda-feira (4/8), eleva as tensões em meio a relatos de intensos combates na região leste do país.
Segundo o líder ucraniano, combatentes estrangeiros provenientes da China, Tajiquistão, Uzbequistão, Paquistão e de países africanos estariam atuando ao lado das forças russas, particularmente na área de Vovchansk. A alegação reacende o debate sobre o envolvimento de atores não estatais no conflito e suas implicações para a estabilidade regional.
Essa não é a primeira vez que Zelensky levanta preocupações sobre a presença de mercenários estrangeiros. Anteriormente, o presidente já havia alertado sobre a participação de combatentes da Coreia do Norte no conflito, expandindo o espectro de nações envolvidas.
Curiosamente, a própria Ucrânia mantém uma Legião Internacional de Defesa Territorial, composta por estrangeiros que se juntaram às forças ucranianas desde o início da guerra. Essa unidade, integrada às Forças Armadas da Ucrânia, oferece salários que variam de US$ 550 a US$ 4.800, demonstrando a complexidade e o caráter multifacetado do conflito.
A presença de combatentes estrangeiros em ambos os lados da guerra levanta questões sobre a internacionalização do conflito e o papel de mercenários em confrontos modernos, ampliando o escopo de preocupações para além das fronteiras da Ucrânia.