Presidente da Ucrânia aguarda retorno de delegação dos EUA após reunião em Moscou
Zelensky destaca a importância de sinais claros dos EUA após reunião em Moscou com Putin.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, declarou nesta terça-feira (2/12) que o país está “aguardando sinais” da delegação dos Estados Unidos após a reunião com o presidente russo Vladimir Putin em Moscou. O encontro, que envolve o enviado especial de Trump, Steve Witkoff, e o conselheiro informal Jared Kushner, já dura mais de quatro horas.
Zelensky enfatizou a importância de um feedback claro após as conversas, afirmando que, se as mensagens dos americanos indicarem espaço para “decisões globais, porém rápidas”, ele enviará uma delegação de alto nível. “Tudo depende das discussões de hoje”, ressaltou o presidente ucraniano. O Kremlin afirmou que não há limite de tempo para as negociações.
O contexto das negociações
Após semanas de intensas tratativas entre Washington, Kiev e Moscou, este encontro busca fomentar um plano de paz mais concretizado para o conflito na Ucrânia. O projeto original de 28 pontos, que foi criticado por favorecer excessivamente o Kremlin, foi reduzido para cerca de 20 propostas que, segundo os negociadores, são consideradas “significativamente melhores para a Ucrânia”.
Contudo, persiste a incerteza se Putin aceitará as revisões e se Kiev concordará com as concessões territoriais e limitações militares que foram sugeridas pelos americanos. As discussões na Flórida, realizadas no último domingo (30/11), que contaram com Witkoff e Kushner, foram descritas como “difíceis, produtivas e complicadas”. Os temas tratados incluíram garantias de segurança, cronogramas militares e arranjos territoriais.
Implicações militares e os desafios da Ucrânia
Paralelamente às negociações diplomáticas, Moscou anunciou progressos militares na região leste da Ucrânia, informando ter tomado o controle de cidades estratégicas como Pokrovsk e Vovchansk. A Ucrânia, por sua vez, contesta essas alegações, mencionando exageros russos e dificuldades internas, incluindo desgaste nas linhas de defesa e mobilização.
Essa situação delicada ocorre em um contexto onde a pressão interna em Kiev por um compromisso sólido se intensifica, aumentando a expectativa sobre o que poderá resultará das discussões entre os líderes mundiais.
As próximas horas são cruciais, pois o governo ucraniano deve decidir suas próximas ações baseadas nas informações que receberá dos Estados Unidos após a reunião. Assim, o curso futuro das negociações pode ter implicações significativas não apenas para a Ucrânia, mas também para a segurança global na região.
Fonte: www.metropoles.com
Fonte: Gabinete Presidencial da Ucrânia/Divulgação


