Parque em João Pessoa adota medidas de segurança e tecnologia.
Após a morte trágica de um jovem, o zoológico Bica reabre com novas regras e monitoramento.
Trágica reabertura do zoo
A reabertura do zoológico Parque Arruda Câmara, conhecido como Bica, em João Pessoa, ocorre em meio a um cenário de luto e prudência. O espaço, que estava fechado desde 30 de novembro de 2025, reabre suas portas no dia 18 de dezembro, após a morte trágica de Gerson de Melo Machado, um jovem de 19 anos conhecido como “Vaqueirinho”, que foi morto por uma leoa ao invadir seu recinto.
Novas medidas de segurança e tecnologia
Durante o período de fechamento, o parque passou por uma revisão completa de suas estruturas e protocolos de segurança. A administração implementou um novo sistema de monitoramento com câmeras equipadas com Inteligência Artificial (IA), além de criar novas regras para os visitantes. O zoológico agora funcionará de quarta a domingo, das 9h às 16h, e os visitantes estão proibidos de alimentar os animais e devem manter uma distância segura dos recintos.
Após o incidente, o recinto dos leões recebeu um “enriquecimento ambiental”, e a leoa Leona, envolvida no ataque, será monitorada constantemente por uma equipe de veterinários. A administração do parque está determinada a respeitar critérios rigorosos de saúde e segurança, podendo interromper a visitação se necessário.
Contexto da tragédia
A tragédia envolvendo Gerson de Melo Machado expõe questões sociais e de saúde mental. De acordo com relatos, Gerson enfrentava problemas mentais e havia tentado acessar o recinto do animal, escalando uma parede de mais de seis metros. O laudo do Instituto Médico Legal indicou que a causa da morte foi um choque hemorrágico devido a lesões severas no pescoço, causadas pelo ataque da leoa.
A conselheira tutelar, Verônica Oliveira, que acompanhou Gerson por anos, destaca que ele cresceu em circunstâncias de extrema pobreza e abandono familiar. A jovem sonhava em viajar para a África para “domar leões”, um desejo que expressou repetidamente durante sua vida. Essa tragédia não é apenas um incidente isolado, mas um reflexo de um sistema que falha em proteger os vulneráveis.
Reações e investigações
Após o ocorrido, a administração do zoológico se comprometeu a reforçar a segurança com o apoio da Guarda Municipal. A Polícia Civil da Paraíba confirmou que não houve falhas de segurança no recinto, considerando o incidente um “fato atípico”. O Ministério Público da Paraíba também abriu investigações para apurar os detalhes do caso, que ainda estão em andamento.
As novas regras e o sistema de monitoramento visam não apenas proteger os visitantes, mas também garantir o bem-estar dos animais, especialmente da leoa Leona, que se tornou o centro das atenções após a tragédia. O parque espera que essas medidas tragam mais segurança e consciência aos visitantes, evitando que eventos tão trágicos se repitam.



