O presidente em exercício, Geraldo Alckmin (PSB), sinalizou que pretende intervir junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) para acelerar a construção da Ferrogrão. A ferrovia é vista como essencial para otimizar o escoamento de grãos do Centro-Oeste para o Norte do país, impulsionando a logística nacional.
Durante o 3º Congresso da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho), em Brasília, Alckmin enfatizou a importância da ferrovia para a integração de diferentes modais de transporte. “Temos que acelerar a Ferrogrão. Vou trabalhar no Supremo Tribunal Federal para liberar. Porque a Ferrogrão é importantíssima para a logística, para integrar os modais, ferrovia com hidrovia”, afirmou o presidente em exercício.
A Ferrogrão, com seus 933 km de extensão planejados, ligará o Mato Grosso ao Porto de Miritituba, no Pará, facilitando a exportação de soja e milho pelo Arco Norte. No entanto, o projeto enfrenta entraves judiciais, estando paralisado por uma ação do PSOL no STF, que questiona alterações nos limites do Parque Nacional do Jamanxim.
O partido alega que a mudança nos limites do parque, necessária para a passagem dos trilhos, impacta negativamente uma área de proteção ambiental. Alckmin, por sua vez, defende a ferrovia, argumentando que ela reduz custos, melhora a competitividade e contribui para a preservação do meio ambiente. “Precisamos integrar modais. Isso reduz custo, melhora a competitividade e ajuda o meio ambiente. Mas depende do STF, e vamos colaborar para uma boa solução”, disse Alckmin após o evento.
O projeto da Ferrogrão prevê uma concessão de 69 anos e um investimento total estimado em R$ 25,2 bilhões, sendo R$ 8,26 bilhões destinados à sua implantação. A expectativa é que a ferrovia escoe 23 milhões de toneladas de grãos até 2030, com um aumento para mais de 40 milhões de toneladas até 2050, demonstrando seu potencial impacto na economia nacional.
Fonte: http://www.cnnbrasil.com.br