A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) enfrenta uma turbulência após o afastamento de Ednaldo Rodrigues da presidência. No mesmo dia da decisão judicial, 19 das 27 federações estaduais de futebol manifestaram publicamente o desejo de renovação na entidade, sinalizando um rompimento com a gestão anterior. O movimento representa um golpe para Rodrigues, que agora vê seu futuro na CBF incerto.
O manifesto, assinado pela maioria dos presidentes das federações, não cita nominalmente Ednaldo Rodrigues. No entanto, o documento expressa claramente o apoio a uma nova eleição para a presidência da CBF. A expectativa é que Fernando Sarney, interventor nomeado pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), convoque o pleito em breve.
“Além da estabilidade, o cenário exige uma renovação de ideias, de práticas e de lideranças, bem como a profissionalização definitiva das estruturas de gestão. A CBF precisa ser exemplo de governança, eficiência e transparência”, afirma um trecho do manifesto, evidenciando a insatisfação com o status quo.
Oito federações optaram por não assinar o documento, indicando uma divisão no cenário do futebol brasileiro. São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Espírito Santo, Tocantins, Mato Grosso e Amapá não se uniram ao coro por renovação. A ausência dessas federações levanta questionamentos sobre os bastidores da CBF e as articulações políticas em curso.
O afastamento de Ednaldo Rodrigues foi motivado por alegações de falsificação da assinatura do Coronel Nunes, um dos vice-presidentes da CBF, em um documento que ampliava os poderes do então presidente. A decisão judicial, proferida pelo desembargador Gabriel De Oliveira Zefiro, da 19ª Câmara Cível do TJ-RJ, atendeu a um pedido de Fernando Sarney, que agora assume o comando interino da entidade.
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