Uma passageira brasileira de 30 anos está processando a TAP Air Portugal após alegar ter sofrido uma tentativa de estupro em Paris. O incidente ocorreu após o cancelamento do voo TP 439, que partiria para Lisboa em 31 de maio de 2025. A companhia aérea teria realocado a passageira em um quarto de hotel compartilhado com dois desconhecidos, sem oferecer a opção de um quarto individual sem custo adicional.
A vítima, que também possui cidadania italiana e reside em Portugal, trabalha na área ambiental. Segundo seu relato, após o cancelamento do voo, a TAP informou que quartos individuais não estavam disponíveis sem custos extras. “Me recusei, exigi um quarto só para mim, mas fui informada que essa não era uma opção. Ou aceitava, ou teria que pagar do próprio bolso”, relatou a passageira.
Durante a madrugada, uma das hóspedes deixou o quarto, deixando a brasileira sozinha com um homem. A passageira relatou que foi acordada com o homem “nu em cima de mim, beijando meu pescoço e me segurando”. Ela afirma ter conseguido se defender e gritar por ajuda, o que fez com que o agressor fugisse do quarto. “Ainda assim, as marcas do episódio permanecem”, declarou.
Após o ocorrido, a passageira procurou a TAP, que ofereceu uma compensação financeira, mas sem admitir responsabilidade ou apresentar um pedido formal de desculpas. Diante da situação, a vítima registrou um boletim de ocorrência e iniciou uma ação judicial no Brasil, buscando reparação por danos morais e psicológicos.
Uma das hóspedes que dividia o quarto confirmou em depoimento que a TAP impôs a hospedagem compartilhada, sem oferecer alternativas. O advogado da vítima argumenta que a companhia aérea falhou em sua obrigação de garantir a segurança dos passageiros.
A ação judicial, movida por assédio moral e negligência, tramita no Juizado Especial Cível, buscando o teto de indenização de R$ 50 mil.